O Minho

O Minho é uma região de Portugal, situada a norte deste país encantado, marcada pelo verde da terra e o azul do mar.

Terra abençoada pelos deuses, o Minho foi moldado ao longo dos séculos cuidadosamente pela mão do homem que soube acompanhar a modernidade sempre no respeito da natureza e da biodiversidade, mas também das tradições e costumes ancestrais.Assim, podem ser avistados, até mesmo em pleno Parque Nacional Peneda Gerês, vastos rebanhos guardados e protegidos por fiéis e seguros castro laboreiros.

Também a própria morfologia foi mantida, evidenciando, desta forma, os vales dos rios que a embelecem e enriquecem os campos de cultivo, criados em pequenas parcelas, as “leiras”, de onde se elevam vinhas etruscas com ramadas fortes de um vinho verde sempre fresco e frutado e milheiros reis e rainhas que a moldam escadeando-a em altura.

E precisamente este milho, guardado em “canastros” arejados, construções rurais de uma rara e simples beleza, e depois transformado em pão e este vinho verde que, levados à mesa, acompanham uma cozinha tradicional de sabores inconfundíveis que se tornou Património Imaterial da Humanidade, enriquecendo a dieta mediterrânica com sabores próprios, onde prima a couve dita “galega”, os enchidos, a lampreia, as carnes dos animais alimentados ao livre, e tantas outras iguarias cujas receitas vão passando de geração em geração, traduzindo em pratos com designações peculiares como “caldo verde”, “arroz pica no chão”, sarrabulho”, “posta barrosã”, “arroz doce” e tantas outras iguarias.

Abençoado pelo Oceano Atlântico, o seu litoral revela também paisagens de rara beleza natural onde a força das águas ora se enrola numa areia fina ora explode nas rochas num enlace apaixonado.  

Antropologicamente, enobrecido por uma população de 1,1 milhão de habitantes, o Minho mostra uma riqueza inconfundível.

O povo minhoto de facto é um povo rico em tradições, onde o profano e o religioso dão cor a uma cultura ancestral que testemunha de um apego à vida, à alegria, à música e à cor.

E toda esta exuberância se traduz num folclore onde os vermelhos, amarelos, azuis rodopiam em danças alegres e onde brilha o ouro trabalhado em filigrana com que as minhotas se ornamentam, ostentando a riqueza das suas posses.

Essa riqueza revela-se por sua vez nas construções em granito ou nas casas senhoriais, onde a hospitalidade é o ponto de honra de um povo verdadeiramente anfitrião.

Alto Minho:                    

Baixo Minho: