A Civitas de Anégia

As Capelas

A freguesia de Eja mostrou ao longos dos séculos a sua fé no Transcendente construindo ao logo dos tempos vários templos de pequena dimensão, e desde logo a Capela da Senhora da Cividade junto às fortificações celtas e romanas. A sua localização atesta de um voto de proteção permanentemente formulado à Virgem Maria. A freguesia conta ainda com a Capela de Santo António, a Capela de Santiago, a Capela de Santa Luzia mas também a Capela de São Sebastião, local de devoção fervorosa na celebração do Mistério da Santa Ceia, manifestada em particular na Procissão das Endoenças

A Igreja de São Miguel

A Igreja de São Miguel, declarado Monumento Nacional e integrado na Rota do Românico, apresenta-se como um templo românico da primeira metade do século XIV com uma única nave e capela-mor quadrangular mais baixa e estreita que o corpo construída em granito extraído localmente, com traços de granito mais claros e finos nos elementos decorativos. A sua fachada principal é rasgada por portal de arco apontado a que se sobrepõe uma fresta. O arco triunfal é também apontado, decorado sumariamente com motivos geométricos e vegetalistas. O portal lateral revela elementos constituídos por folhas de vinha em ponta de diamante e flores espalmadas de oito pétalas, em clara alusão à consagração de Maria e de Cristo. O templo sofreu alterações ao longo dos tempos, em especial a capela-mor que foi aumentada na Época Barroca, para receber um retábulo de talha dourada de estilo português seccionado por três arcos de volta perfeita, o que deu origem, aliás, à abertura de duas portas e janelas laterais para a sua iluminação. O campanário bem como os pináculos da igreja datam da Época Moderna. No seu interior, a igreja revela uma pintura da Sagrada Família atribuída a Pacchini bem como uma escultura da Virgem Maria em pedra ançã, do Séc. XV.

Civitas Medievalis ou o Burgo Medieval

O franco desenvolvimento de Eja durante a Idade Média, essencialmente em meados do século XIII, dadas as suas potencialidades para as trocas comerciais e transporte terrestre e fluvial de mercadorias, permitem que aí se tenha edificado um burgo medieval que se foi alterando ao longo dos tempos, mas que mantém elementos da sua traça original.